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domingo, 18 de março de 2007

"Meus 20 anos de boy, that's over baby. Freud explica..."

Ainda na técnica Ctrl+V/Ctrl+C. Postagens antigas, unidas e revisitadas:

Quanto tempo faz? Acho q já são 3 anos, né? É, bastante tempo. Muitas coisas acontecem em 3 anos, assim como nada pode acontecer. Me lembro de que dizia que não havia amigos, mas sim colegas. Isso porque a vida mostraria quem eram meus amigos, eu dizia. Um pouco pra sacanear mesmo, um pouco porque acreditava, um pouco, nisso. O que a vida me mostrou? Isso já não importa mais! É engraçado como o tempo passa, e muita coisa passa por ele. E muita coisa passa com ele. Hoje, levo em mim a consciência de que os melhores anos de minha vida acabaram. Há algum tempo. E muita coisa acabou com eles. E muita coisa acabou com eles. Lembranças do tempo de escola... de um colégio que não foi só um colégio, foi uma Escola, com "gente de verdade". "Um bom exemplo de bondade e respeito". Saudades de não gostar de física e saber que isso em nada afetaria minha vida, de não gostar de algo e não se importar com isso. De saber que ainda faltava muito pra tomar um rumo na vida. De dar bolada de tênis em cara de inspetor, de quebrar o dedo dos outros, de fugir da professora de Química, de rir do tombo dos outros, de se entupir de Guaraxí, de brincar de guerra de água e ir pra Direção todo molhado só pra fazer companhia a quem foi pego. "Um bom exemplo de bondade e respeito". E de rir de tudo isso todo recreio sentado no refeitório, sentado no banco redondo do pátio, sentado na arquibancada ou de pé jogando totó. "Habilidade é o que lhe falta". Essa frase tem dona, mas apropriei-me dela. Não só eu, mas um bando aí. Convivência dá nisso. Palavras perdem sentidos e frases perdem seus donos. Que o digam a mesa de totó do Viriato e o ventilador que não girava. "Eu sou eu e cada um é uma pessoa"... O totó não tem mais, o colégio não tem mais, a professora de química não tem mais, bola de tênis não tem mais, não tem mais tombos e não tem mais Guaraxí, não teve guerra de água... Os mesmos de antes não tem mais. Ainda assim “nada vai desmerecer tudo que ainda somos, toda a certeza que supomos. Mas a vida lá fora, tá chamando agora. E não demora! Quem dá mais? Na falta que a falta faz.” A falta que a falta faz ou a falta que a falta fez? Ou a falta do que fazer? E agora? Será que eu devia estar fazendo um filme? Vejo que o futuro não está tão distante assim. Não gostar e se preocupar com isso. Ainda acho graça de coisa sem graça e ainda rio lembrando de certas coisas, como um simples jogo de baralho, conversas esquisitas, observações inadequadas... Os mesmos de antes não tem mais... Mas tem cartas de baralho, canções mal cantadas, aulas bem matadas, poemas de lulu e gente estranha pra notar. Coisas novas pra gostar e não gostar. Tem gente nova! Já não tão nova assim. Nem deu tempo de chamar de colegas, quando vi já era amigo. "O sistema é maus, mas minha turma é legal!" Talvez o futuro ainda esteja distante, talvez o passado esteja mais perto. Talvez não seja o fim do mundo: "O fim do mundo já passou!" Talvez preocupar-se seja pré ocupar-se por não ter ocupação. Então vamos nos ocupar! Quem dá as cartas? Eu dou as cartas? Você corta! E me movimento, tentando apenas manterme no jogo. O porquê disso aqui? Pô, sei lá! Desculpe se fui inconveniente! Talvez seja a síndrome do estudante de letras, ou a convivência com os estudantes do terceiro gênero que habitam aquela faculdade! É, tenho que tomar cuidado... Mas era preciso dizer que percebi que aquilo acabou, e outras coisas começaram, mas que todos que por ventura aqui se sintam citados marcaram os melhores e os subsequentes anos de minha vida, não só marcaram, pertenceram a eles, produziram eles. E a certeza disso nunca acabará. Assim como espero que nunca acabemos, os velhos e os novos, e que se esses e os próximos não são ou serão os melhores, que sejam o melhor que possam ser. "Quero viver a minha vida em paz. Quero um milhão de amigos. Quero irmãos e irmãs"."Não vão embora daqui, eu sou o que vocês são, não solta da minha mão, não solta da minha mão..."

Citações: Chão de Giz (Zé Ramalho)/Vamos fazer um Filme (Renato Russo)/A falta que a falta faz (Jay Vaquer)/De onde vem a calma (Marcelo Camelo)

Canção: Evebody's Changing
Composição: Hughes/Rice-Oxley/Tom Chaplin/Sanger
Grupo: Keane
CD: Hopes and Fears (2004)

"So little time/Try to understand that I'm/Trying to make a move just to stay in the game/I try to stay awake and remember my name/But everybody's changing and I don't feel the same"

sábado, 10 de março de 2007

Eu sou o que vocês são ( Não solta da minha mão)

Dia e noite, noite e dia, eu penso: Olha só, que cara estranho que chegou, parece não achar lugar no corpo em que Deus lhe encarnou. Tropeça a cada quarteirão, não mede a força que já tem, exibe à frente o coração que não divide com ninguém. Tem tudo sempre às suas mãos, mas leva a cruz um pouco além, talhando feito um artesão, a imagem de um rapaz de bem. Olha ali, quem tá pedindo aprovação. Não sabe nem pra onde ir se alguém não aponta a direção. Periga nunca se encontrar. Será que ele vai perceber que foge sempre do lugar deixando o ódio se esconder? Talvez se nunca mais tentar viver o cara da TV que vence a briga sem suar e ganha aplausos sem querer...
Dia e noite, noite e dia, eu penso: De onde vem a calma daquele cara? Ele não sabe ser melhor, viu? Como não entende de ser valente, ele não saber ser mais viril. Ele não sabe não, viu? Às vezes dá como um frio. É o mundo que anda hostil, o mundo todo é hostil. De onde vem o jeito tão sem defeito que esse rapaz consegue fingir? Olha esse sorriso tão indeciso, tá se exibindo pra solidão. Faz parte desse jogo dizer ao mundo todo que só conhece o seu quinhão ruim. É simples desse jeito quando se encolhe o peito e finge não haver competição. É a solução de quem não quer perder aquilo que já tem e fecha a mão pro que há de vir.
Espera que eu não terminei. Perceber aquilo que se tem de bom no viver é um dom. Daqui não, eu vivo a vida na ilusão entre o chão e os ares vou sonhando em outros ares, vou. O tempo voa e quando vê, já foi e eu que já não quero mais ser um vencedor, levo a vida devagar pra não faltar amor. Eu que já não sou assim muito de ganhar, junto as mãos ao meu redor. Faço o melhor que sou capaz só pra viver em paz. Levo assim, calado, de lado do que sonhei um dia como se a alegria recolhesse a mão pra não me alcançar. Poderia até pensar que foi tudo um sonho, ponho o meu sapato novo e vou passear sozinho, como der, eu vou até a beira.
Não vão embora daqui, eu sou o que vocês são, não solta da minha mão, não solta da minha mão. Sobre estar só eu sei nos mares por onde andei devagar, dedicou-se mais o acaso a se esconder, e agora o amanhã, cadê? Fingi na hora rir. Fingindo ser o que eu já sou. Sereno é quem tem a paz de estar em par com Deus. Pode rir agora que o fio da maldade se enrola. Pois é de Deus tudo aquilo que não se pode ver.
É, Deus, parece que vai ser nós dois até o final. Não me entenda aqui por mal. Não sou tão só assim. Eu que controlo o meu guidom! Com ou sem suín-. Fingindo ser o que eu já sou, mesmo sem me libertar eu vou. Eu não vou mudar não, eu vou ficar são mesmo se for só. Não vou ceder. Deus vai dar aval sim, o mal vai ter fim e no final, assim calado, eu sei que vou ser coroado rei de mim. Pra que mudar? É bom, às vezes, se perder sem ter porque, sem ter razão. É um dom saber envaidecer por si, saber mudar de tom. Quero não saber de cor, também. Para que minha vida siga adiante. Toda banda tem um tarol, quem sabe eu não toco?
Enquanto isso, navegando eu vou sem paz. Sem ter um porto, quase morto, sem um cais. Mais vale o meu pranto que esse canto em solidão. Nesta espera o mundo gira em linhas tortas. Canto que é de canto que eu vou chegar. Eu vou ver o jogo se realizar de um lugar seguro. De que vale ser aqui onde a vida é de sonhar? Liberdade! Deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz! Então, clausura que um dia sufocou minha alegria, há de ser o que morreu. Indo embora, deixo-te um adeus.

(Marcelo Camelo, recortado e colado)

Canção: De onde vem a calma
Compositor: Marcelo Camelo
Banda: Los Hermanos
CD: Ventura (2005)

domingo, 4 de março de 2007

Qual é o cúmulo da falta do que fazer?

Top 30 - Músicas Nacionais 2006

  1. Vilarejo - Marisa Monte
  2. Ai, ai, ai - Vanessa da Mata
  3. A falta que a falta faz - Jay Vaquer
  4. Sorte e Azar - Pato Fu
  5. Morena - Los Hermanos
  6. Casa Pré-Fabricada - Roberta Sá
  7. O Meu Guri - Teresa Cristina e Grupo Semente
  8. De Perto - Paralamas do Sucesso
  9. Tranquilo - Thalma de Freitas
  10. Quando a Chuva Passar - Ivete Sangalo
  11. A gente merece ser feliz - Ivan Lins
  12. Do it - Lenine
  13. Deixa o Verão - Mariana Aydar
  14. Ela faz Cinema - Chico Buarque
  15. Na Sua Estante - Pitty
  16. O Rock Acabou - Moptop
  17. Malemolência - Céu
  18. Compasso - Angela Rô Rô
  19. Recado - Maria Rita
  20. Telegrama - Zeca Baleiro
  21. Antes do fim - Gram
  22. O mais vendido - Mombojó
  23. N - Nando Reis
  24. Uma canção é pra isso - Skank
  25. Sinceramente - Cachorro Grande
  26. Idade do Céu - Zélia Duncan e Simone
  27. Velocidade da Luz - Revelação
  28. Vale de Lágrimas - Lulu Santos
  29. Dance Dance - Fernanda Abreu
  30. Você vai estar na minha - Negra Li