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quarta-feira, 26 de março de 2008

Meus oito anos...

O Saci

O Saci faz pirraça
A aranha uma caça
O homem faz chapéu
A abelha, mel.

Se a abelha jogar mel
Bem naquele chapéu
O Saci faz pirraça
Com a aranha que fez uma caça

Na caça está a abelha
É a mesma abelha que jogou mel
No danado do homem
Que fez o chapéu.

(Diego - 8 anos)

quinta-feira, 20 de março de 2008

22

Ah! Eu tou maluco... Ah! Eu tou maluco... Dois patinhos na Lagoa! Bingoooo!!! Mais um ano... Um ano mais. E? E? E... nada! Prêmio? Só de consolação. Pela participação, talvez. Ou com certeza? O que é isso? Diga você... O que é isso? Vai saber... É tudo ou nada? Ou nada? Já faz tempo... Quanto tempo! Tempo, tempo, tempo, tempo... Quanto tempo o tempo tem? Vai saber... Vou saber? Eu não sei... Quem sabe? Dia e noite, noite e dia... Madrugada! Ah... a madrugada! 22. E ainda tem mais. 44? 55? 66? 77? Mais? Menos? Vezes? Dividir é multiplicar... E gentileza gera gentileza. amor, perfeição, beleza... Viva o profeta! Viva as profecias! Viva o futuro! Viva o futuro. E o presente? Nem desembrulho que é pra não estragar... O ferro tá quente... A chapa tá quente! Passa... passou... tá passado! Quem passou? Me prefiro em prosa, mas sou mais eu em poesia. E quem sou eu? 22! Tá maluco, tá doidão... Divaga... De vaga. Em vaga. 22. E mais? Quanto mais? Deixa pra lá! Let's talk! Let's talk! Deixa pra lá... Senta aqui. Vamos jogar? Vamos brincar? Vamos cantar? E mais? 22. Parabéns! Ah? Ah tá. 22!! Bom, sei lá... Quem vai? Quem foi? "Eu sou o que vocês são". Bom, sei lá... É Big! É Big! É grande mesmo... O silêncio é a manifestação da indiferença... E o presente? Vela? Vê lá, hein? Vou sim... Vai você!!! É a mãe! É a tua! Filho da Rua!!! 22, deixa pra lá... Eu sou eu, e quem vai? Vamos lá... Buenas! Boas! Good! Buenos... Good Luck! Marx, Cristo, Freire, Vygotsky, Gandhi, Einstein, Nietzche, Assis... 22! 23, 24, 25... Boa! Vai, mas... Deixa pra lá! Melhor parar. Senta aqui... let's talk! Fui...

Canção: De onde vem a calma
Grupo: Los Hermanos
Compositor: Marcelo Camelo
CD: Ventura (2005)

domingo, 9 de março de 2008

Por Enquanto

Canção: O velho e o moço
Grupo: Los Hermanos
Compositor: Rodrigo Amarante
CD: Ventura (2005)

domingo, 2 de março de 2008

As Aventuras de Nanico - Episódio 5: 7 da manhã

Foi uma dessas noites que começam com chuva forte e terminam com sol a pino. Nanico acordou cedo. Nanico tinha ido dormir pouco mais da meia-noite, mas despertou cedo. Nanico gostava de dormir e por isso mesmo, odiava acordar cedo. E odiava a si mesmo quando acordava cedo sem precisar. Acordar era sempre uma necessidade pra Nanico, mas quando não era preciso, não fazia falta. Nanico não é do tipo que acorda de mau-humor, mas acordar cedo (e mais, sem precisar) era algo que podia fazer seu humor mudar durante o dia. Tentou dormir mais uma vez. Depois de várias tentativas e técnicas aprendidas ao longo dos anos de experiência, desistiu e resolveu assumir a idéia de que era um babaca e havia acordado cedo, mesmo sem precisar! Talvez tenha sido o calor, talvez o ventilador, talvez um barulho na rua, talvez não fosse tão babaca assim... Precisava aproveitar o tempo perdido. Já que havia acordado, teria que fazer algo... Tomou banho, escovou os dentes, café-da manhã, ligou a Tv pra desligá-la em seguida. Só Nanico estava acordado... Tentou ler algumas coisas, mas a idéia de que havia acordado cedo, mesmo sem precisar não deixava ele se concentrar... Estudar? Nem pensar... Acordar cedo para estudar só o tornaria mais babaca... E logo agora que já havia se convencido do barulho da obra do vizinho. Chegou a lembrar-se do estrondo que foi a chegada dos tijolos. Uma volta pelo quarteirão? Seria bom. Até foi, mas só Nanico estava acordado... E a noite parecia não acabar. Liga a Tv, desliga a Tv, liga o rádio, desliga o rádio, pega o violão, cantarola algo, grita, pula, faz exercício... Todos estavam dormindo e antes que percebesse, já era hora do almoço... Já que havia acordado cedo, poderia preparar algo... Não havia muitas opções. Fez o básico mesmo, e comeu. Sozinho, mas comeu. E comeu bem até. Comeu tanto que a comida começou a pesar em seu estômago... É, até que uma sesta depois do almoço não faria mal...