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domingo, 30 de dezembro de 2007

Retrospectiva 2007:

Primeiro dia do Ano: fogos em Copacabana, um show solitário à contra-gosto do Black Eyed Peas, encontro com os amigos, chuva, muita chuva, um reggae imaginário e caminhada na praia e chuva, muita chuva. Começo do ano de típicas férias: Idas ao cinema, pedaladas na Quinta da Boa Vista, alguns encontros com os amigos, longas horas de sono, 24 horas, Lost, longas horas de sono, idas ao cinema, pedaladas na Quinta da Boa Vista, Estágio, longas horas de Internet e, claro, longas horas de sono... Carnaval: uma derrota de 4x1 pro Madureira em Bangu, praia, desfile pela TV e terça-feira na Sapucaí. Tuiuti quase sobe mais uma vez e e a Mangueira (?!)

Retrospectiva 2007 (Como dizem que no Brasil, o ano só começa mesmo depois do Carnaval): Muitas partidas de sueca. Buraco deixado definitivamente de lado; Novos amigos; Velhos novos amigos (= saldo sempre positivo); Gente indo e gente chegando; Uma matéria trancada, mas já recuperada (= saldo nulo); Uma semana em Belém (a melhor semana do ano, seguramente); voluntário do Pan; muitos pensamentos; decisões precisas; Aulas de Inglês (Yes e CLAC) e Violão (firme e forte); Raros encontros anuais (= saldo negativo); Boliche, pizzarias e feijoada de ex-alunos; Um arraiá; Despedida da Fiocruz; 2 turmas de alunos e um início de carreira (= saldo positivo); Sextas-feiras (= saldo nulo); Idas ao Cafofo; Mangue; BDP; Uma noite drástica de último show; Poucas idas ao cinema e poucos cds comprados (= saldo negativo); Terças e Quintas na Praia Vermelha (renovação pra seguir em frente); Fim mesmo só em 2009 (!); Engenheiros do Hawaii (= saldo positivo) poucas horas de sono, cansaço filha da puta (= saldo negativo); muitos, mas muitos trabalhos; férias (?); Dois dias em Mangaratiba; Natal (na mais pura normalidade); gripe e...

Saldo final = positivo
Um ano realmente diferente. Chegadas e despedidas. Encontros e Desencontros. Mudanças de postura; e decisões por agora, definitivas. “Seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo (Gabriel, o Pensador)”.

Planejamento para 2008: Um emprego!!! Muito dinheiro!!! Melhor organização dos meus horários (!), achar o CD novo do Pato Fu, um show do Paralamas, um da Marisa Monte e um da Roberta Sá (claro, se vier o dinheiro); CONHECER O RJ; mais encontros anuais!; descansar, descansar pra caralho!!!!! Seguir o meu caminho “sem ligar pro que me aconteceu [...] e fazer tudo o que eu queria fazer (Rita Lee)”. E claro, mudar o mundo!!!

domingo, 2 de dezembro de 2007

Por que se chamava?


Porque se chamava moço também se chamava estrada. Porque a estrada é um caminho longo demais pra ir a pé. Porque a estrada não é de tijolos amarelos. Porque se chamava homem também se chamava sonhos. Porque é de se sonhos que se faz a noite. Porque a noite é uma criança. Porque a mão-de-obra é bem paga. Porque tá longe de pendurar as chuteiras. Porque é Rio de Janeiro. Porque o compasso é régua. Porque o caminho é meu. Porque basta contar consigo. Porque lá se vai mais um dia...

Canção: Clube da Esquina II
Cantor: Flávio Venturini
Composição: Milton Nascimento/Lô Borges/M.Borges

Por que se chamava moço / Também se chamava estrada / Viagem de ventania / Nem lembra se olhou pra trás /Ao primeiro passo, aço, aço....
Por que se chamava homem / Também se chamava sonhos /E sonhos não envelhecem /Em meio a tantos gases lacrimogênios /Ficam calmos, calmos / E lá se vai mais um dia...
E basta contar compasso /e basta contar consigo /Que a chama não tem pavio /De tudo se faz canção /E o coração /Na curva de um rio, rio...
E o Rio de asfalto e gente /Entorna pelas ladeiras /Entope o meio fio /Esquina mais de um milhão /Quero ver então a gente, gente, gente...

domingo, 25 de novembro de 2007

Irreais... Expectativas desleais

Depois do passado, vem o presente. Essa talvez seja uma das frases mais óbvias já escritas por aqui. E depois do presente, o que vem? Vem o futuro, é claro! Mas aí ele já não é presente? Deixo a obviedade de lado. Ou não? Bom, chegada a conclusão de que o futuro nunca vem, a busca é pelo passado. Onde se dá o limite entre passado e presente? Quando o presente vira passado e quando o passado ainda é presente? Talvez haja pontos de interrogações demais nesse início de texto. Vamos às exclamações! Uma já foi... Vendo o Passado, se percebe o quanto as pessoas gostam de tornar a vida mais problemática do que ela já é. Pra que facilitar se se pode complicar? Se o futuro nunca chega, e o passado nunca sai, aonde entra o presente? No Natal, diria um comediante sem graça. No Aniversário eu responderia... O que leva uma pessoa sem nada pra dizer a dizer coisas que são nada? Não se sabe a resposta, mas o fato de saber a pergunta já é um começo. Voltando a vida, a busca é pelo facilitamento. Pelo enfrentamento do complicado. Pelo livramento dos problemas. Pelo não cumprimento do alheio. Pela autonomia do ser. Toda expectativa é desleal. Se a expectativa tá no futuro e o futuro nunca chega... Irreais! Se há os dependentes e os dependidos; e o aparte? Boa Sorte!

Canção: Boa Sorte / Good Luck
Cantores: Vanessa Da Mata e Ben Harper
Composição: Vanessa da Mata
CD: Sim (2007)

Tudo o que quer de mim/Irreais/Expectativas/Desleais

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Quem canta, reza duas vezes...

Canção: Oração ao Tempo
Composição: Caetano Veloso
Cantor: Caetano Veloso
CD: Homem Cinema Transcendental - A outra banda da Terra (1979)

És um senhor tão bonito / Quanto a cara do meu filho /Tempo tempo tempo tempo /Vou te fazer um pedido /Tempo tempo tempo tempo /Compositor de destinos /Tambor de todos os ritmos /Tempo tempo tempo tempo /Entro num acordo contigo /Tempo tempo tempo tempo
Por seres tão inventivo / E pareceres contínuo /Tempo tempo tempo tempo / És um dos deuses mais lindos / Tempo tempo tempo tempo / Que sejas ainda mais vivo /No som do meu estribilho /Tempo tempo tempo tempo /Ouve bem o que eu te digo /Tempo tempo tempo tempo /Peço-te o prazer legítimo /E o movimento preciso /Tempo tempo tempo tempo / Quando o tempo for propício /Tempo tempo tempo tempo /De modo que o meu espírito /Ganhe um brilho definitivo /Tempo tempo tempo tempo /E eu espalhe benefícios /Tempo tempo tempo tempo /O que usaremos pra isso /Fica guardado em sigilo /Tempo tempo tempo tempo /Apenas contigo e comigo /Tempo tempo tempo tempo /E quando eu tiver saído /Para fora do teu círculo /Tempo tempo tempo tempo /Não serei nem terás sido /Tempo tempo tempo tempo /Ainda assim acredito /Ser possível reunirmo-nos /Tempo tempo tempo tempo /Num outro nível de vínculo /Tempo tempo tempo tempo /Portanto peço-te aquilo /E te ofereço elogios /Tempo tempo tempo tempo /Nas rimas do meu estilo /Tempo tempo tempo tempo

As Aventuras de Nanico - Episódio 3: Em busca da hora perdida

Pois é, dessa vez Nanico se fudeu legal! Logo você Nanico, sempre controlador de seu próprio tempo, foi cair nessa besteira... Faça mil favor - já diria a sábia vózinha do nosso pequeno grande herói. E quem não faria mil favôs àquela pobre velhinha... Mas não tente fugir... Nada de voltar no tempo, Nanico. Não adianta chorar o leite derramado. Sua hora já passou e você nem viu... E agora, o que fazer? Nanico é burro, Nanico não sabe. Nanico nunca dorme, mas dessa vez Nanico dormiu e quando viu: cadê a hora? A hora, Nanico? Cadê? Já foi... Já havia passado. Te roubaram uma hora, Nanico, e você nem viu... Maldito tempo! Quem inventou esse negócio de hora é gênio mesmo... Ou é anta! Nanico não vive sem relógio, mas de que adianta o relógio, se quando querem lhe roubam uma hora e ele nem vê? Vês, Nanico? Buscas a tua hora... Mas que hora perdida é essa? Se o mundo continua girando da mesma maneira... sempre ao redor de Nanico! Como essa hora pôde passar por Nanico e Nanico não a pôde sentir? Ver, perceber... Verdade, verdade... Nanico é lento... Nanico controla o tempo, sem saber que o tempo lhe controla... E quem não controla Nanico? E quem não controla, Nanico? Pois é, segue teu caminho, vai em busca de tua hora perdida. Ou aprenda a viver sem ela! Sabes onde encontá-la? Pois segue teu rumo... Pede pra cagar e vai embora... Vai ser droit na vida! (...) Nunca serão!

domingo, 23 de setembro de 2007

As Aventuras de Nanico - Espisódio 2: Acorda, Nanico!

Nanico sempre teve problemas com insônia. Na verdade, a insônia nunca foi seu problema. Insônia para Nanico era solução. O pior era quando o sono vinha, mas esquecia de trazer a vontade de dormir. Dormir sempre foi perda de tempo para nosso pequeno herói. Nanico sempre gostou de ter tudo ao seu controle; dormir era perder mais que sempre o controle de si. Quando dormia, Nanico não podia pensar. E sem pensar, Nanico não era. Quem era Nanico? Nanico pensava todas as noites. E todos os dias. Mas Nanico sempre se esquecia. Só que nem só de pensamento vive Nanico. Às vezes, Nanico dormia também. E como Nanico dormia. Nanico dormia muito. Mas Nanico acordava. Ele sempre acordava. Nanico dormia de olhos abertos e acordava piscando os olhos. Engraçado como Nanico nunca soube quando dormia e quando acordava. Nanico é burro e nem sabia que pensava mesmo dormindo. Nanico nunca confundiu as coisas. As vezes, se deixava levar, mas sempre sabia que estavam levando. Ou pelo menos, pensava que sabia. Nanico sempre sabe das coisas. Nanico não precisa se apresentar. Nanico se apresenta. Nunca há decepção se não há expectativa. E Nanico acordava. Nanico sempre acorda. Nanico nunca confundiu as coisas. E desconfundiu tudo mais uma vez. Nanico sonha, realizando e realiza, sonhando. Dorme acordado, mesmo com insônia. Insônia pra Nanico nunca foi problema, sempre foi a solução. E Nanico foi dormir mais uma vez...

domingo, 9 de setembro de 2007

"Tudo bem... Até pode ser que os dragões sejam moinhos de vento"

Canção: Dom Quixote
Grupo: Os Mutantes

A vida é um moinho/É um sonho o caminho/É do Sancho, o Quixote/Chupando chiclete/O Sancho tem chance/E a chance é o chicote/É o vento e a morte/Mascando o Quixote/Chicote no Sancho/Moinho sem vinho/Não corra me puxe/Meu vinho meu crush/Que triste caminho/Sem Sancho ou Quixote/Sua chance em chicote/Sua vida na morte/Vem devagar/Dia há de chegar/E a vida há de parar/Para o Sancho descer/E os jornais todos a anunciar/Dulcinéia que vai se casar/Vê, vê que tudo mudou/Vê, o comércio fechou/Vê e o menino morreu/E os jornais todos a anunciar/Armadura e espada a rifar/Dom Quixote cantar na TV/Vai cantar pra subir

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

As Aventuras de Nanico - Episódio 1: Na Nicovia

Houve um dia, que ao invés de parar e pensar como ele fazia sempre, Nanico resolveu pensar e parar. E parou, mas não sem pensar como sempre fizera antes. Mas dessa vez era diferente, assim como todas as outras vezes. O que acontece é que Nanico não só parou, mas ao parar também andou, voou pra longe e foi parar não se sabe onde. Nem você nem ele. É indeterminado mesmo, mas também é passivo. A diferença estava na igualdade com que as coisas apareciam, e da mesma forma em que iam embora também ficavam. Cansado de tantos enigmas, ele parou, como já foi dito, sem indeterminação. Bom, parado ele ficou, mas por pouco tempo: o suficiente pra que seus pensamentos parassem também e assim, voassem. Mas pensamento é bumerangue. E a porrada foi de uma vez. Parado já não dava mais pra ficar. Daí, Nanico correu. Correu bem depressa, enquanto tentava pegar o bumerangue. Vejam, sem as mãos! Mas Nanico é burro, e jogava o pensamento pra cima. Outra vez. Nanico ria, por vezes, chorava. Mas não parava... de correr. E parou. Nanico é chato. Nanico esquece das coisas e esqueceu o que, pouco a pouco, esquecia. Nanico é engraçado. Resolveu mudar e pegou o primeiro retorno. É engraçado, e não voltou. E resolveu voltar... a pensar. Mas não foi preciso. Havia uma placa. Nanico é burro. Nanico nem sabe ler. Mas Nanico pensa. E decidiu que o melhor começo era o fim. E que todo fim tem um começo, mas que é sempre melhor começar do início.

sábado, 11 de agosto de 2007

Porque eu não entendo porque eu escrevo essas coisas

Porque a proporção de água em nosso corpo é a mesma proporção de água no mundo. Porque a água do mundo tá acabando. Porque não é de pena que o mundo precisa. Porque quem não bate, leva. Porque é a lei do mais forte. Porque é água de rio. Porque foi um rio que passou em minha vida. Porque o rio desagua no mar. Porque deve ter algum que sirva. Porque está tudo planejado: metas, objetivos, prioridades e princípios. Porque agora não vai dar mais pra chorar. Nem pra rir.

Canção: Socorro
Cantora: Gal Costa
Compositor: Arnaldo Antunes

"Socorro, alguém me dê um coração/Que esse já não bate nem apanha/Por favor, uma emoção pequena, qualquer coisa/Qualquer coisa que se sinta/Tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva/Socorro, alguma rua que me dê sentido/Em qualquer cruzamento,/Acostamento,/Encruzilhada/Socorro, eu já não sinto nada"

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Resumo

Na ida... tudo certo no aeroporto. Suspeitei. Em meio à crise, nem um pingo de azar? Peguei o avião, comi as barrinhas e o amendoim e fui até Brasília num ônibus que voa. Depois de Brasília, Belém. Depois de 4 hs... Calor. Hotel. 4 estrelas com tudo pago. Reserva? Não efetuada! Vou dormir na rua... Depois de 30 telefonemas na sexta-feira anterior era o único que eu tinha achado... E agora? Depois de ficar branco, roxo, nervoso, puto... td se resolveu, consegui um quarto. Vamos conhecer a cidade? Fomos... Bonitos lugares, mas sujos, muito sujos... Praça da República. Show de danças típicas. Eu estava no centro. Informação? Não. Ônibus. R$1,35. Mas velho, sujo, tipo 634. As Docas. Um belo pôr-do-sol. Guaraná Garoto. Sorvete Cairu. Chuva. Volta ao hotel. Quarto de hotel. Quarto de hotel. Shopping. Tou no Rio? Bob’s. Chuva. Quarto de Hotel. Cyber do Hotel. Quarto de Hotel. Jô Soares. Despertador. Vamos ao Congresso? Ônibus! Sistema de transporte precário. Qual ônibus? Informação? Não. Ananindeua? Salomé? Santarém? Nazaré? UFPA? Pres. Vargas? Nele está escrito o caminho de Ida e o de Volta? Mas ele ta indo ou voltando? Fui. “Fineza não jogar lixo no cemitério”. Congresso. Hangar. Bonito lugar. Esgoto passa no meio da rua, mas dentro tem lixeira com sensor... Palestras. Painéis. Açaí quente. Voltar? Ônibus? “Não há ruas de mão dupla. Você pega o ônibus no mesmo lugar que você salta...” Hotel. Quarto de Hotel. Cyber do Hotel. SIGA. Chuva. Quarto de Hotel. Despertador. Ônibus. Congresso. Almoço. Fila. Encontro. Conversa. Amigos? Conversa. Amigos! Balança Roubada. Almoço. Um grupo pequeno... um grande grupo. Banco. Calor. Painéis. Passeio de Barco. Chuva. Belém ao entardecer? Pôr-do-sol? Acho que ele já se pôs há um bom tempo... Rodízio da Pizza Hut. Futebol, Física, Psicologia, Pizza, Cinema, Literatura, Política, Fonética, Vida, História, Nada, Biologia, Culinária, Arte, Fotografia, Filosofia, Vida, Nada, Pizza. Hora de Partir. Táxi. Motorista não conhece a cidade, mas corre... Curva? Pra que freio? Acelera. Erra o caminho. 3 vezes. Mas chega. Quarto de Hotel. Despertador. Vamos economizar? Check-out. Pensão. Lugar legal. Barato. Mais legal ainda. Pessoas legais. Opa, muito legal! Eu pareço o neto da dona da pensão! Ela está triste com muitas coisas. Ela chora... E ela diz que chora à toa. Não é pra eu me preocupar. Tenho que ir. Congresso. Girafa? Todos aqui? Ponto de ônibus. Calor. Informação? Um paulista do Pará. “É só você observar o meu sotaque.” 2 horas de viagem: Belém. Muito pobre e muito rica. Icoaraci. Feira de Artesanato? Chuva. Restaurante. Pirarucu, tucupi, tacacá, filé ao molho madeira. Rio ou mar? Praia de Rio. Feira de Artesanato. Chuva. “Proibido estacionar. Entenderam seus burros?” Ônibus de volta? No mesmo lugar de ida! Enche, enche mais, enche muito. Pra descer? Ninguém se mexe. Empurra. Foda-se. Empurra. Espera motorista. Desce. Volta na Praça. Pensão. Boteco do Brás. Chorinho! Chopp, batata. Hambúrguer? Não tem. Coca? Não tem. Guaraná? Não tem. Fanta? Não tem. Soda? Não tem. Que refrigerante vocês tem aí? Bom, refrigerante? Acabaram todos! Se é assim... Pensão. Despertador. Centro Histórico. Calor. Prédios velhos, bonitos, acabados, reformados... Igrejas. Arte Sacra e arte moderna. O que é arte? Praça do relógio. Casa das onze janelas. “Aquilo é porta, não é janela!” Forte. “O que é enquartelamento?” Museu. Bela vista. Chuva. Belém. Bonita cidade. Ver-o-Peso. Urubus. Barcos. Bruxas. Arranca, atraí, pega, amansa... Bombons? Encomenda. Vendedores que não falam, apontam. Ônibus. Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. Almoço. Chuva. Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emilio Goeldi. Animais. Plantas. Mapa? Tá escondido na entrada... Animais. Chuva. Plantas. Ônibus. Lan House. Chuva. Muita chuva. Pensão. Docas. Pato no tucupi. Navio cheio de búfalos. Vai virar. Fala. Come. Fala. Anda. Fala. Pensão. Despertador. Congresso. Painel. Pensão. Aeroporto. Bombons? Não... Atraso! Conversa. Ônibus que voa. Barrinha e amendoim. Brasília. Atraso! Conversa. Ônibus que voa. Barrinha e amendoim. Rio de Janeiro. Frio. Carona. Casa.

domingo, 15 de julho de 2007

Pra você ver...

De volta ao lar, porque o lar se encontra no mesmo lugar...
Depois de perceber que a vida poderia ser muito mais fácil, faço planos pra facilitar o que poderia ser mais vida. Depois de conhecer bons lugares e grandes pessoas, planifico fatos para que nada fique para trás e nada passe para frente. Depois de perceber que existe muita coisa fora do lugar, penso em perceber o que fazer pra colocar o lugar das coisas. Depois de pensar em decisões tomadas, resolvo esquecer para parar de decidir. Depois de reparar a importância de coisas sem importância e me importar com coisas pouco importantes, vivo pra planejar coisas, fatos, decisões, lugares e pessoas...
De volta ao lugar, porque o lugar se encontra no próprio lar...

Canção: Casa
Cantor: Lulu Santos (Lulu Santos)
Compositor: Lulu Santos
CD: Satisfação

"Mas sempre tinha a cama pronta/E rango no fogão/Luz acesa, me espera no portão/Pra você ver/Que eu tou voltando pra casa"

domingo, 17 de junho de 2007

Só pra lembrar...

A Incrível História de Branca das Neve e suas desventuras pelo Mundo das Fadas (Título provisório)

Capítulo I – Era uma vez... (ou Como Branca das Neve se tornou Branca das Neve) (ou ainda Como tudo começou para Branca das Neve)

Branca das Neve era a mais importante traficante do Mundo das Fadas. Ela contava com a ajuda de sete pequenos indivíduos que sempre estavam indo para casa. Na verdade, eram 119 pequenos indivíduos, que sempre saíam em grupos de sete. Como usavam sempre o uniforme da empresa de Branca das Neve e pequenos indivíduos no Mundo das Fadas não eram comuns, todos achavam que eram os mesmos sete pequenos indivíduos, e que estavam sempre indo para a mesma casa, o que também não era verdade. Mas isso ninguém sabia. E como acho que no Mundo das Fadas ainda não há telefone e a Velox ainda não cobre esse território, acho que ninguém saberá tão cedo.

È sempre bom lembrar que Branca das Neve não nasceu Branca das Neve. Quando pequena, fora criada em uma bonita família, muito feliz, dessas que só se formam no final das histórias. Famílias assim não eram comuns no Mundo das Fadas e por isso todos admiravam a Família Silva. Maria da Silva, hoje conhecida como Branca das Neve, foi a caçula de sete irmãs e sempre foi muito amável e bem educada. Até o dia em que se envolveu com um sujeito conhecido no Sub-mundo das Fadas como Seu Príncipe. Seu Príncipe não era um bom homem. E Branca das Neve sabia disso. Mesmo assim, ela resolveu seguir sua vida com ele, deixando todos os Silva muito decepcionados com sua decisão. Após algumas confusões com um tal de Lobo-Mal, que já havia se associado a uma perigosa matadora de chapéu vermelho, Seu Príncipe apareceu morto no lago dos Crocodilos...


Esta história foi escrita ao longo do final do ano passado aqui neste blog. Mas para facilitar a leitura dela e para aqueles que não tenham a acompanhado, resolvi fazer um blog só para ela. assim fica mais fácil de percebê-la como um todo.
O endereço do blog é o seguinte: www.brancadasneve.blogspot.com
Quem quiser dá uma passada lá.

sábado, 16 de junho de 2007

A gente quer ter voz ativa pro nosso destino mandar...

Há algum tempo, pouco na verdade, percebi o quão pouco dono de minha vida sou, se é que sou um pouco... Vi as coisas acontecendo e não pude fazer nada para impedir nada ou pra ao menos recuperar os danos... É, voltei as postagens autorais, talvez a mais de todas. Deve ser o efeito da sexta-feira ou pq a gente tarda a conceber as coisas. Só percebemos o que concebemos ou concebemos o que percebemos? Pense nisso... Eu não sei, sei que foi tudo muito complicado, é tudo muito complicado, e não sei porque. Não sei por que as coisas acontecem. Não entendo o mundo onde vivo. Não sei nem se vivo... Não gosto disso, de ficar explanando pensamentos em vão. Mas do jeito que as coisas andam... o que não seria em vão? Não sei... Engraçado, não foi só uma noite (ou meia-noite)... foi td o que veio depois dela... que veio junto com ela... Não tá entendendo? Não é pra entender... nem eu... Deus? Acho que ele não tem nada a ver com isso, não. Nossa relação é um tanto quanto específica... Acredito nele, pelo que acredito. E acho que seu filho, filho dele ou não, foi o cara mais foda que já existiu... (ou que já houve?) veio pra mudar o mundo, mas é difícil entender... Atire a primeira pedra... Falo e me ouve e tento ouvir. É estranho, é tudo mto estranho... Se deus não existe? Isso pra mim não importa mais... Vc acredita em tantas coisas que não existem e nem sabe... é a matriz, meu camarada, a matriz, o céu de baunilha, os concursos de beleza... Voto de silêncio? Adiantou... "O silêncio é a manifestação da indiferença", já disse alguém uma vez... Mas, sei lá... é tudo muito estranho, e começo a entender as coisas, poucas na verdade... aquela, na verdade... Não sei da vida, das vidas, da morte... Mas, cara, pensa só... No quase fim de tudo, eu vi a esperança, eu estava sem óculos, é verdade, mas vi... ao apagar a luz, eu vi... Tava lá, "geral fudido", mas tava lá, todo (o) mundo, se apertando, se ajeitando, se confortando (ou desconfortando), se acompanhando... mesmo na pior das horas... ou seria porque era a pior das horas... Sei lá... sei que não sou eu que controlo o meu guidom, quem controla eu não sei... vou de carona e busco quem possa vir comigo... Mas eis que chega a roda viva e carrega o destino pra lá.

Canção: Roda Viva
Compositor: Chico Buarque
Cantores: Chico Buarque e Fernanda Porto

Tem dias que a gente se sente/Como quem partiu ou morreu/A gente estancou de repente/Ou foi o mundo então que cresceu/A gente quer ter voz ativa/No nosso destino mandar/Mas eis que chega a roda viva/E carrega o destino prá lá ...

domingo, 3 de junho de 2007

"Vivir es lo más peligroso que tiene la vida"*

"Falta eu acordar, ser gente grande pra poder chorar..."

Porque essa é a minha condição. "Porque não fui eu que disse, foi vc que ouviu". Porque quem fala o que quer, ouve o que não quer. Porque o incômodo é sensação permanente. Porque assim quem vai me dar razão? Porque emoções são racionalizáveis. Porque com 9 meses de idade a gente descobre que é igual aos outros. Porque aos 4 anos a gente descobre que é diferente dos outros. Porque eu não pretendo ser a vassoura, nem o envassourado. Porque é difícil entender o que digo. Porque é difícil eu dizer. Porque eu só abro a boca quando eu tenho certeza. Porque é preciso dizer. Porque há pré-condições para a condição. Porque é preciso entender as pré-condições. Porque é preciso superar as anti-pré-condições. Porque o medo é das consequências, e nunca das causas.

Canção: Condição
Cantor: Lulu Santos
Composição: Lulu Santos

"Eu não sou diferente de ninguém/ Quase todo mundo faz assim/ ...Não quero causar impacto/ Nem tampouco sensação/ O que eu digo é muito exato/ É o que cabe na canção"

*Verso de "No es lo Mismo", de Alejandro Sanz

domingo, 13 de maio de 2007

Além do que se vê nessa terra de gigantes

Canção: Lady Laura
Cantor: Roberto Carlos
"Tengo a veces deseos de ser/Nuevamente un chiquillo/Y en la hora que estoy afligido/Volverte a oir/De pedir que me abraces y lleves/De vuelta a casa/Que me cuentes un cuento bonito/Y me hagas dormir//Muchas veces quisiera oírte/Hablando sonriendo: Aprovecha tu tiempo/Tú eres aún un chiquillo/A pesar la distancia y el tiempo/No puedo olvidar/Tantas cosas que a veces de ti/Necesito escuchar//Lady Laura, abrázame fuerte/Lady Laura, y cuéntame un cuento/Lady Laura, un beso otra vez//Lady Laura/Lady Laura, abrázame fuerte/Lady Laura hazme dormir/Lady Laura, un beso otra vez/Lady Laura//Tantas veces me siento perdido/Durante la noche/Con problemas y angustias/Que son de la gente mayor/Con la mano apretando/Mi hombro seguro dirías: Ya verás que mañana las cosas/Te salen mejor//Cuando era un niño/Y podia llorar en tus brazos/Y oir tanta cosa bonita/En mi aflicción/En momentos alegres/Sentado a tu lado reía/Y en mis horas difíciles/Dabas tu corazón//Lady Laura, abrázame fuerte/Lady Laura, y cuéntame un cuento/Lady Laura, y hazme dormir
Lady Laura/Lady Laura, abrázame fuerte/Lady Laura llévame a casa/Lady Laura, y cuéntame un cuento/Lady Laura//Tengo a veces deseos de ser/Nuevamente un chiquillo/El pequeño que tú todavía/Aún crees tener/Cuando a veces te abrazo y te beso/En silencio entendido/Tú me dices aquello/Que yo necesito saber"

"Moça, olha só o que eu te escrevi: É preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê... Sei que a tua solidão me dói e que é difícil ser feliz mais do que somos todos nós, você supõe o céu... Sei que o vento que entortou a flor, passou também por nosso lar e foi você quem desviou com golpes de pincel. Eu sei, é o amor que ninguém mais vê, deixa eu ver a moça, toma o teu, voa mais, que o bloco da família vai atrás. (...) É bom te ver sorrir... Deixa vir à moça, que eu também vou atrás e a banda diz: assim é que se faz!" (Marcelo Camelo)

"Hey mãe! Eu tenho uma guitarra elétrica. Durante muito tempo isso foi tudo que eu queria ter. Mas, hey mãe! Alguma coisa ficou pra trás... Antigamente eu sabia exatamente o que fazer. Hey mãe! Tenho uns amigos tocando comigo, eles são legais, além do mais, não querem nem saber. Mas agora, lá fora, todo mundo é uma ilha a milhas e milhas e milhas de qualquer lugar... Nessa terra de gigantes (eu sei, já ouvimos tudo isso antes), a juventude é uma banda numa propaganda de refrigerantes. As revistas, as revoltas, as conquistas da juventude são heranças, são motivos pr'as mudanças de atitude. Os discos, as danças, os riscos da juventude, a cara limpa, a roupa suja, esperando que o tempo mude... Hey mãe! Já não esquento a cabeça. Durante muito tempo isso foi só o que eu podia fazer... Mas, hey mãe! Por mais que a gente cresça, há sempre coisas que a gente não pode entender. Hey mãe! Só me acorda quando o sol tiver se posto, eu não quero ver meu rosto antes de anoitecer. Pois agora lá fora, o mundo todo é uma ilha, a milhas e milhas e milhas... Nessa terra de gigantes, que trocam vidas por diamantes, a juventude é uma banda numa propaganda de refrigerantes" (Humberto Gessinger)

A gente cresce, mesmo não querendo crescer, o tempo passa, mesmo não querendo passar, a gente cresce, mesmo não querendo passar e a gente passa, enquanto não parece crescer... Problemas aparecem, desaparecem e reaparecem, coisas que se parece não entender, a gente cresce, a gente juvenesce, e parece tudo igual, é tempo de mudar, pra perceber que está tudo igual. A gente rejuvenesce. E é tudo igual. O mundo é todo igual. O mundo tá sempre igual. É tudo igual. Tem sempre alguém que te espera às 5h30 da manhã, às 04h15 da tarde, às 08h30 da noite e às 03h45 da madrugada. Alguém que espera pra te dizer o que não precisa ser dito e te responder, mesmo que a pergunta não seja feita. Alguém que você espera e que espera por você. É difícil quando se sofre, quando sofremos, quando pensamos que o melhor era o não passar do tempo, era o voltar do tempo, era o volver no tempo. Esquecer o passado que seria futuro e parar de esperar o futuro que não chega. Só você é capaz de desviar, de mudar, de voltar, de recomeçar, mesmo sem terminar. A gente quer mudar o mundo, a gente quer mudar a gente, a gente não muda nada. Ninguém muda nada. Você não mudou nada. O mundo e suas dores, o mundo e seus horrores. Já não esquento a cabeça. A música, a casa, a flor, o pincel, a banda, o conto, o abraço, o beijo, a guitarra, o sorriso, o bloco, o disco, você.

domingo, 22 de abril de 2007

Você sabe com quem tá falando?

Quem você pensa que é?



Canção: Dom Quixote
Grupo: Engenheiros do Hawaii
Autor: Humberto Gessinger / Paulo Gauvão
CD: Dançando no Campo Minado (2003)

"Muito prazer, meu nome é otário/ Ás de Espadas fora do baralho/ Muito prazer me chamam de otário/ por amor às causas perdidas./Tudo bem, até pode ser/que os dragões sejam moinhos de vento"

domingo, 8 de abril de 2007

"Depois da derrota o pior resultado é o empate."(Galvão Bueno)

Colégio Pedro II - Unidade Escolar São Cristóvão

1- Prédio da fachada principal, entrada da Unidade II (momentos de espera de 1998-2001)
2- Teatro Mário Lago, antigo Teatro Pedro II (3 formaturas, peças, flauta-doce, risadas da profa de Inglês, e "a esperança é vesga")
3- Prédio da Unidade II, ooooo Pedrão (502-608-708-808)
4- Capela (a lenda da bruxa e o beija-flor suicida)
5- Hall do Elevador do Prédio Central (a grande bolada na cara do Inspetor)
6- Unidade I, oooooo Pedrinho (104-202-302-408)
7- Parte da Mata Atlântica (aulas ao ar livre e a escadaria)
8- Unidade III (2110, 2210, 2304)
9- Pátio descoberto do Pedrinho (Pic-pega, cola, parede, alto, esconde, polícia e ladrão, menina(o)-pega-menino(a), "comigo não tá", sombras e a roda gigante de baralho da 302)
10- Os totós do Viriato (bolas roubadas, garrafas de Guaraviton e Hula-Hula, sábados perdidos e "trabalhos em grupo" até as 7 da noite, "habilidade é o que lhe falta")
11- Entrada da Unidade I (tchau, mãe! 1994-1997) e da Unidade III (corre que o portão vai fechar! 2002-2004)
12- Ginásio do Pedro II (e as minhas habilidades esportivas...)
13- Final da Pista de Corrida (campeonato de 3 cortes com bola de tênis)
14- Pista de Corrida de 100m (não quer nadar? 20 voltas na pista!)
15- A Direção Geral!!! (e a imortalidade do Sr.Wilson)
16- Piscina Olímpica (peito, costas, crown, borboleta, por baixo d'água, respiração lateral..."ai, caralho, aqui eu não dou pé!")
17- Complexo Polidesportivo (reformas anuais... e... bota complexo nisso...)

domingo, 18 de março de 2007

"Meus 20 anos de boy, that's over baby. Freud explica..."

Ainda na técnica Ctrl+V/Ctrl+C. Postagens antigas, unidas e revisitadas:

Quanto tempo faz? Acho q já são 3 anos, né? É, bastante tempo. Muitas coisas acontecem em 3 anos, assim como nada pode acontecer. Me lembro de que dizia que não havia amigos, mas sim colegas. Isso porque a vida mostraria quem eram meus amigos, eu dizia. Um pouco pra sacanear mesmo, um pouco porque acreditava, um pouco, nisso. O que a vida me mostrou? Isso já não importa mais! É engraçado como o tempo passa, e muita coisa passa por ele. E muita coisa passa com ele. Hoje, levo em mim a consciência de que os melhores anos de minha vida acabaram. Há algum tempo. E muita coisa acabou com eles. E muita coisa acabou com eles. Lembranças do tempo de escola... de um colégio que não foi só um colégio, foi uma Escola, com "gente de verdade". "Um bom exemplo de bondade e respeito". Saudades de não gostar de física e saber que isso em nada afetaria minha vida, de não gostar de algo e não se importar com isso. De saber que ainda faltava muito pra tomar um rumo na vida. De dar bolada de tênis em cara de inspetor, de quebrar o dedo dos outros, de fugir da professora de Química, de rir do tombo dos outros, de se entupir de Guaraxí, de brincar de guerra de água e ir pra Direção todo molhado só pra fazer companhia a quem foi pego. "Um bom exemplo de bondade e respeito". E de rir de tudo isso todo recreio sentado no refeitório, sentado no banco redondo do pátio, sentado na arquibancada ou de pé jogando totó. "Habilidade é o que lhe falta". Essa frase tem dona, mas apropriei-me dela. Não só eu, mas um bando aí. Convivência dá nisso. Palavras perdem sentidos e frases perdem seus donos. Que o digam a mesa de totó do Viriato e o ventilador que não girava. "Eu sou eu e cada um é uma pessoa"... O totó não tem mais, o colégio não tem mais, a professora de química não tem mais, bola de tênis não tem mais, não tem mais tombos e não tem mais Guaraxí, não teve guerra de água... Os mesmos de antes não tem mais. Ainda assim “nada vai desmerecer tudo que ainda somos, toda a certeza que supomos. Mas a vida lá fora, tá chamando agora. E não demora! Quem dá mais? Na falta que a falta faz.” A falta que a falta faz ou a falta que a falta fez? Ou a falta do que fazer? E agora? Será que eu devia estar fazendo um filme? Vejo que o futuro não está tão distante assim. Não gostar e se preocupar com isso. Ainda acho graça de coisa sem graça e ainda rio lembrando de certas coisas, como um simples jogo de baralho, conversas esquisitas, observações inadequadas... Os mesmos de antes não tem mais... Mas tem cartas de baralho, canções mal cantadas, aulas bem matadas, poemas de lulu e gente estranha pra notar. Coisas novas pra gostar e não gostar. Tem gente nova! Já não tão nova assim. Nem deu tempo de chamar de colegas, quando vi já era amigo. "O sistema é maus, mas minha turma é legal!" Talvez o futuro ainda esteja distante, talvez o passado esteja mais perto. Talvez não seja o fim do mundo: "O fim do mundo já passou!" Talvez preocupar-se seja pré ocupar-se por não ter ocupação. Então vamos nos ocupar! Quem dá as cartas? Eu dou as cartas? Você corta! E me movimento, tentando apenas manterme no jogo. O porquê disso aqui? Pô, sei lá! Desculpe se fui inconveniente! Talvez seja a síndrome do estudante de letras, ou a convivência com os estudantes do terceiro gênero que habitam aquela faculdade! É, tenho que tomar cuidado... Mas era preciso dizer que percebi que aquilo acabou, e outras coisas começaram, mas que todos que por ventura aqui se sintam citados marcaram os melhores e os subsequentes anos de minha vida, não só marcaram, pertenceram a eles, produziram eles. E a certeza disso nunca acabará. Assim como espero que nunca acabemos, os velhos e os novos, e que se esses e os próximos não são ou serão os melhores, que sejam o melhor que possam ser. "Quero viver a minha vida em paz. Quero um milhão de amigos. Quero irmãos e irmãs"."Não vão embora daqui, eu sou o que vocês são, não solta da minha mão, não solta da minha mão..."

Citações: Chão de Giz (Zé Ramalho)/Vamos fazer um Filme (Renato Russo)/A falta que a falta faz (Jay Vaquer)/De onde vem a calma (Marcelo Camelo)

Canção: Evebody's Changing
Composição: Hughes/Rice-Oxley/Tom Chaplin/Sanger
Grupo: Keane
CD: Hopes and Fears (2004)

"So little time/Try to understand that I'm/Trying to make a move just to stay in the game/I try to stay awake and remember my name/But everybody's changing and I don't feel the same"

sábado, 10 de março de 2007

Eu sou o que vocês são ( Não solta da minha mão)

Dia e noite, noite e dia, eu penso: Olha só, que cara estranho que chegou, parece não achar lugar no corpo em que Deus lhe encarnou. Tropeça a cada quarteirão, não mede a força que já tem, exibe à frente o coração que não divide com ninguém. Tem tudo sempre às suas mãos, mas leva a cruz um pouco além, talhando feito um artesão, a imagem de um rapaz de bem. Olha ali, quem tá pedindo aprovação. Não sabe nem pra onde ir se alguém não aponta a direção. Periga nunca se encontrar. Será que ele vai perceber que foge sempre do lugar deixando o ódio se esconder? Talvez se nunca mais tentar viver o cara da TV que vence a briga sem suar e ganha aplausos sem querer...
Dia e noite, noite e dia, eu penso: De onde vem a calma daquele cara? Ele não sabe ser melhor, viu? Como não entende de ser valente, ele não saber ser mais viril. Ele não sabe não, viu? Às vezes dá como um frio. É o mundo que anda hostil, o mundo todo é hostil. De onde vem o jeito tão sem defeito que esse rapaz consegue fingir? Olha esse sorriso tão indeciso, tá se exibindo pra solidão. Faz parte desse jogo dizer ao mundo todo que só conhece o seu quinhão ruim. É simples desse jeito quando se encolhe o peito e finge não haver competição. É a solução de quem não quer perder aquilo que já tem e fecha a mão pro que há de vir.
Espera que eu não terminei. Perceber aquilo que se tem de bom no viver é um dom. Daqui não, eu vivo a vida na ilusão entre o chão e os ares vou sonhando em outros ares, vou. O tempo voa e quando vê, já foi e eu que já não quero mais ser um vencedor, levo a vida devagar pra não faltar amor. Eu que já não sou assim muito de ganhar, junto as mãos ao meu redor. Faço o melhor que sou capaz só pra viver em paz. Levo assim, calado, de lado do que sonhei um dia como se a alegria recolhesse a mão pra não me alcançar. Poderia até pensar que foi tudo um sonho, ponho o meu sapato novo e vou passear sozinho, como der, eu vou até a beira.
Não vão embora daqui, eu sou o que vocês são, não solta da minha mão, não solta da minha mão. Sobre estar só eu sei nos mares por onde andei devagar, dedicou-se mais o acaso a se esconder, e agora o amanhã, cadê? Fingi na hora rir. Fingindo ser o que eu já sou. Sereno é quem tem a paz de estar em par com Deus. Pode rir agora que o fio da maldade se enrola. Pois é de Deus tudo aquilo que não se pode ver.
É, Deus, parece que vai ser nós dois até o final. Não me entenda aqui por mal. Não sou tão só assim. Eu que controlo o meu guidom! Com ou sem suín-. Fingindo ser o que eu já sou, mesmo sem me libertar eu vou. Eu não vou mudar não, eu vou ficar são mesmo se for só. Não vou ceder. Deus vai dar aval sim, o mal vai ter fim e no final, assim calado, eu sei que vou ser coroado rei de mim. Pra que mudar? É bom, às vezes, se perder sem ter porque, sem ter razão. É um dom saber envaidecer por si, saber mudar de tom. Quero não saber de cor, também. Para que minha vida siga adiante. Toda banda tem um tarol, quem sabe eu não toco?
Enquanto isso, navegando eu vou sem paz. Sem ter um porto, quase morto, sem um cais. Mais vale o meu pranto que esse canto em solidão. Nesta espera o mundo gira em linhas tortas. Canto que é de canto que eu vou chegar. Eu vou ver o jogo se realizar de um lugar seguro. De que vale ser aqui onde a vida é de sonhar? Liberdade! Deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz! Então, clausura que um dia sufocou minha alegria, há de ser o que morreu. Indo embora, deixo-te um adeus.

(Marcelo Camelo, recortado e colado)

Canção: De onde vem a calma
Compositor: Marcelo Camelo
Banda: Los Hermanos
CD: Ventura (2005)

domingo, 4 de março de 2007

Qual é o cúmulo da falta do que fazer?

Top 30 - Músicas Nacionais 2006

  1. Vilarejo - Marisa Monte
  2. Ai, ai, ai - Vanessa da Mata
  3. A falta que a falta faz - Jay Vaquer
  4. Sorte e Azar - Pato Fu
  5. Morena - Los Hermanos
  6. Casa Pré-Fabricada - Roberta Sá
  7. O Meu Guri - Teresa Cristina e Grupo Semente
  8. De Perto - Paralamas do Sucesso
  9. Tranquilo - Thalma de Freitas
  10. Quando a Chuva Passar - Ivete Sangalo
  11. A gente merece ser feliz - Ivan Lins
  12. Do it - Lenine
  13. Deixa o Verão - Mariana Aydar
  14. Ela faz Cinema - Chico Buarque
  15. Na Sua Estante - Pitty
  16. O Rock Acabou - Moptop
  17. Malemolência - Céu
  18. Compasso - Angela Rô Rô
  19. Recado - Maria Rita
  20. Telegrama - Zeca Baleiro
  21. Antes do fim - Gram
  22. O mais vendido - Mombojó
  23. N - Nando Reis
  24. Uma canção é pra isso - Skank
  25. Sinceramente - Cachorro Grande
  26. Idade do Céu - Zélia Duncan e Simone
  27. Velocidade da Luz - Revelação
  28. Vale de Lágrimas - Lulu Santos
  29. Dance Dance - Fernanda Abreu
  30. Você vai estar na minha - Negra Li

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Feliz Ano Novo!

E pra comemorar:

Top 20 - Canções Internacionais
  1. Put your records on - Corinne Bailey Rae
  2. Limón y Sal - Julieta Venegas
  3. Crazy - Gnarls Barkley
  4. Talk - Coldplay
  5. Será Será (Las Caderas no Mienten) - Shakira feat. Wicleaf Jean
  6. A la primera persona - Alejandro Sanz
  7. Suddenly I see - KT Tunstall
  8. Para tu amor - Juanes
  9. Wisemen - James Blunt
  10. Youth - Matisyahu
  11. Is it any wonder? - Keane
  12. Mas que nada - Sergio Mendes feat. The Black Eyed Peas
  13. Tu Corazón - Lena feat. Alejandro Sanz
  14. Love is just a game - The Magic Numbers
  15. When you were young - The Killers
  16. Tell me Baby - Red Hot Chilli Peppers
  17. Nada fue un error - Coti feat. Paulina Rubio y Julieta Venegas
  18. You only live once - The Strokes
  19. Casa - Natalia y la Forquentina
  20. I predict a riot - Kaiser Chiefs

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

- Pra que mudar?



Porque trago em mim a consciência de que Todo Carnaval tem seu Fim.

Canção: Todo Carnaval tem seu Fim
Banda: Los Hermanos
Compositor: Marcelo Camelo
CD: Bloco do Eu Sozinho (2003)

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Hoje é dia do riso chorar

Coisas tristes acontecem no mundo. Eu tou no mundo. Coisas tristes acontecem comigo, mesmo sem acontecerem. Covardia, maldade, crueldade, violência, desumanização do ser. Do que faz e do que leva. É muito triste ver certas coisas. Mais ainda deve ser sofrê-las. E como sofreu o pobre menino. E como sofreu sua mãe. E como sofrem tantos outros toda hora. Uma rosa? Uma rosa, meu camarada? Então agora é assim: sento a bunda na frente do computador e mostro indignação com uma rosa. Uma rosa que nem plantei, nem colhi. Uma foto de uma rosa. "Toda rosa é rosa porque assim ela é chamada". Nada mais, nada menos. Uma rosa não quer dizer nada. É só uma rosa. Porque assim resolveram que fosse. Cadê a ação do indign-? INDIGNAÇÃO. Ação. Agir. Cadê o movimento? Com o mouse não vale. "Toda bossa é nova e você não liga se é usada", não é mesmo? É muito fácil pegar uma foto de uma rosa e botar no orkut, no msn, ou onde vc preferir. Quero ver fazer alguma coisa. Algo realmente importante pra mudar o que está. Quero ver fazer! Quero me ver fazer! Sei que posso, mas não faço, mas também não finjo que faço, pois sei que um dia farei! Por enquanto, acordo já deitado e durmo acordado, sonhando com o dia em que farei. Creio no ditado e por isso ando minha trilha com fé. "Só não se sabe fé em quê".
Agora é Carnaval, né? É tempo de esquecer, de brincar de ser feliz! O tempo que o mundo inteiro espera! "É hoje o dia da alegria e a tristeza, nem pode pensar em chegar..." Ironia? Esperança? Vontade? Tanto faz. "Acredito ser o mais valente nessa luta do rochedo com o mar". "E quem me vê apanhando da vida, duvida que vá revidar", mas vou lutando, me guardando pra quando o Carnaval chegar. É hoje!

Canção: É hoje
Compositor: Didi e Maestrinho
Cantora: Fernanda Abreu
CD: Da Lata (1995)

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

E segue-se a falta do que fazer

Top 10 - Vídeoclipes Internacionais

1- Me Voy - Julieta Venegas*
2- Talk - Coldplay*
3- I write sins not tragedies - Panic! at the Disco
4- Dani California - Red Hot Chilli Peppers
5- Original of the Species - U2
6- Crazy - Gnarls Barkley
7- Hung up - Madonna
8- High - James Blunt (versão no deserto)*
9- Work it out - Jurassic 5*
10- Buttons - The Pussycat Dolls

E continuo avisando - É top 10 Videoclipes.
*Vídeos com link para o Youtube

sábado, 27 de janeiro de 2007

E aí?


quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Top 10 - Filmes 2006

2006 foi um ano ruim pra mim, cinematograficamente falando (e outros mentes também). Desde 2002 eu não via tão poucos filmes. Por isso meu Top 10 fica restringindo, uma vez que o máximo que eu poderia fazer seria um Top 15, mas aí vai ele:

  1. Pequena Miss Sunshine
  2. Boa Noite e Boa Sorte
  3. O Labirinto do Fauno
  4. Volver
  5. Os Infiltrados
  6. X-Men - O Confronto Final
  7. Munique
  8. Zuzu Angel
  9. Dália Negra
  10. A Casa do Lago


Como ainda tem uns filmes do ano passado passando por aí e como há muito tempo não apareço na Flight Videos, pode ser que essa lista ainda seja alterada.

domingo, 21 de janeiro de 2007

Enquanto a loja não fecha...


Top 10 - Videoclipes Nacionais 2006

1- O mais vendido - Mombojó
2- Vilarejo - Marisa Monte
3- Sorte e Azar - Pato Fu
4- Na Sua Estante - Pitty
5- Esquece e vai sorrir - Ludov
6- Uma canção é pra isso - Skank
7- Sorria! - Gabriel, o Pensador
8- O Sol - Jota Quest
9- Gueto - Marcelo D2
10- Não resisto a nós dois - Wanessa Camargo

*Todos os clips estão com links para o youtube
* É top 10 - VIDEOCLIPES!