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sábado, 29 de julho de 2006

E vivemos num mundo bonito...

Quando a gente vê um filme quase 10 vezes em menos de um ano é porque o filme é muito bom ou porque a gente não tem o que fazer. Aí, eu paro e me pergunto: A gente quem, meu camarada? Só eu vejo um filme quase 10 vezes em menos de um ano. Realmente, não tenho nada pra fazer ou como vinha frisando anteriormente, até tenho, mas não faço. Então, vejo filmes. Ou vejo filme. Um filme. O filme. Quando o filme é bom, ajuda (a nada fazer), apesar de um filme ruim às vezes cair bem. Mas não é o caso. Hora de Voltar (é, esse é o filme do qual venho falando todo esse tempo) é um daqueles filmes que você guarda o nome pra sempre colocar na sua lista de filmes favoritos ou recomendar a amigos que também não tenham nada a fazer. Não é suspense, mas se você contar muito, você estraga. Não é comédia, não é drama. Se você tiver afim, você chora. Se você tiver afim, você ri. Se você não tiver afim, o filme passa e você vê, mas não vê. Um filme é foda, quando você pensa sobre ele quando quer pensar e quando não quer, você o vê numa boa, sem se perder no meio da história ou sem ficar chato. Hora de Voltar é um filme foda! Não vou dar uma de Rubens Ewald Filho e ficar falando de aspectos técnicos ou da atuação. Os atores são muito bons, o roteiro é parada de gênio, a direção também. E a trilha sonora é uma das melhores que ouvi nos últimos anos. Muita gente que nunca tinha ouvido falar, mas que eu já deveria ter ouvido. Nunca é tarde. The Shins, Frou Frou, Bonnie Somerville, entre outros. O filme começa com Don't Panic do Coldplay. Simples e direta (ou não!), como o filme. Essa daí!

Canção: Don't Panic
Grupo: Coldplay
CD: Parachutes

Às vezes é hora de voltar e a gente nem sabe, que só voltando é que a gente vai seguir.

sábado, 22 de julho de 2006

Teorema da Amizade (ou o melhor de você)

Parece que por essa semana foi o Dia do Amigo. Realmente, eu não sou bom para essas datas. Como já passou e eu não me lembrei, ao invés de botar mensagens bonitas de poetas (não tão) famosos, resolvi postar uma parada mais interessante:
TEOREMA DA AMIZADE:
Se duas pessoas são amigas, por exemplo, Ana e Bernardo, isso quer dizer que Ana é amiga de Bernardo e Bernardo é amigo de Ana. É o princípio da reciprocidade que rege qualquer amizade. O que é interessante é que em qualquer grupo de seis pessoas que você conheça, sempre existem três delas que 1) se conhecem mutuamente ou 2) Não se conhecem mutuamente.
Pode parecer difícil perceber a complexidade do que está sendo dito aqui. Faça o seguinte: marque seis pontos em uma folha de papel. Esses pontos representarão as pessoas. Para facilitar coloque uma espécie de ponto central e os outros cinco formando uma espécie de semi-círculo. Nomeie os pontos aleatoriamente. Se duas pessoas se conhecem, trace uma linha vermelha ligando-as, se não se conhecem trace uma linha azul. Qualquer que seja seu diagrama sempre haverá um triângulo de uma mesma cor, no mínimo.
*Adaptado de Ciência Hoje, vol.38, n°228

Bom, essa é minha homenagem aos meus amigos que aqui não serão citados. Caso vc considere que isso aqui foi escrito para vc, podes crer que foi! E pra celebrar, que tal pensar? É tudo questão de ponto de vista. Não me levem a mal...

Canção
: Best Of You
Banda: Foo Fighters
CD: In Your Honor (CD1 Rock) (2005)

domingo, 16 de julho de 2006

Por que a mata é virgem?

Para que servem os óculos vermelhos? Para ver melhor.
Para que servem os óculos verdes? Para ver de perto.
Para que servem os óculos marrons? Para ver marromenos.

Por que a mulher do Hulk se separou dele? Ela queria um homem mais maduro...

Por que ninguém conhece a piada do fotógrafo? Porque ainda não foi revelada!

Você sabe o contrário de volátil? Vem cá sobrinho!

Qual a diferença entre a lagoa e a padaria? Na lagoa, há sapinho e na padaria, assa pão!

Porque o vento é fresco!

quinta-feira, 13 de julho de 2006

Procura-se músicas para letras


Começando postagem com sábias palavras...

Adia tudo. Nunca se deve fazer hoje o que se pode deixar de fazer também amanhã. Nem mesmo é necessário que se faça qualquer coisa, amanhã ou hoje. (Bernardo Soares*)

Nunca penses no que vais fazer. Não o faças. (Bernardo Soares*)

Só o primeiro passo é que custa. Mas depois do primeiro passo dado, o segundo é o primeiro depois desse. É bom reparar nisto e não dar passo nenhum... Todos custam (Fernando Pessoa)

Férias! Tempo de descansar, descansar, descansar até ficar cansado. E aí, descansar mais um pouco... Descansar a mente, descansar o corpo, até ficar entendiado. Entediado de não fazer nada e achar que não há nada a ser feito. Achar que a vida não nos deu nada pra fazer. Férias! Tempo de adiar. Adiar decisões, adiar ações, adiar idéias, adiar tarefas. E depois de adiar e descansar e adiar e descansar, procurar o que fazer por achar que não há nada a ser feito. O problema é que com tanto o que fazer, não dá pra fazer o que se decidiu. Aí, vem o tédio. E as letras continuam sem músicas, e eu continuo na mesma situação em que antes me encontrava assim como as letras, que sem música de nada valem. Mas elas esperam que suas músicas cheguem e eu espero chegar logo com elas.

*Bernardo Soares é um dos heterônimos de Fernando Pessoa, que mesmo sendo pessoa e não pessoas(aí, foi mal o tracadilho), sabia ser vários em um e um em vários.

sábado, 8 de julho de 2006

De Angola ao Timor

Falando muito de sotaque por esses dias...
Em homenagem a Luís de Camões, a seleção de Portugal que fez o que o Brasil não fez, e ao sotaque de Felipão, cada dia mais português, apresento-vos Toranja:

Canção: Carta
Grupo: Toranja
Composição: Tiago Bettencourt
CD: Queridas Feras (2004)

domingo, 2 de julho de 2006

Placar moral: 10 x 0

Existem coisas que acaontecem para ser esquecidas, ou simplesmente relevadas. Como o acontecido de ontem. Melhor assim? Não sei. É claro, minha vida não muda nada com a derrota. Mas também não mudaria com a vitória. Então, sé é pra ficar tudo igual, melhor ficar tudo igual por cima. O problema é que estavam muito por cima, por cima demais. Aí pra descer foi um passo. Um passo não, uns 5 talvez. Uns cinco passos dados por um, só um de lá, contra nenhum dado por cinco, cinco de cá. Arrogância, prepotência, desunião, vaidade, teimosia, preguiça... É talvez tenha sido melhor assim... Ou não. Vejamos o lado bom. Deve ter, deixa eu procurar mais um pouco. Depois eu digo.

sábado, 1 de julho de 2006

A Novidade

Há 20 anos atrás, enquanto eu nascia, Bi Ribeiro, João Barone e Herbert Viana se encontravam "Nas Nuvens" a fim de produzir, em minha modesta opinião, sua mais célebre obra. Alguns meses depois, quando eu tinha alguns meses, Os Paralamas do Sucesso lançavam a pergunta:
- "Selvagem?"
A resposta vinha dentro, em canções como Alagados, A Novidade, Teerã, Selvagem (sem interrogação), Melô do Marinheiro, There's a Party e mais algumas, sendo o todo 11. Versos como "ó mundo tão desigual, tudo tão desigual, de um lado esse carnaval, do outro a fome total" vinham mostrar a realidade de um Brasil agora distante. Hoje em dia muita coisa mudou: o Brasil foi tetra e foi penta, Collor entrou e saiu, FHC entrou, ficou, mas também saiu e Luís Inácio (não presente em Selvagem?) finalmente conseguiu. Hoje em dia, versos como "a esperança não vem do mar/nem das antenas de Tv/a arte de viver na fé/só não se sabe fé em quê" não fazem mais sentido pra mim. Mas há 20 anos... quanto tempo! Tempo em que a polícia, o governo, a cidade e os negros apresentavam suas armas. Mas hoje... bons tempos. Não temos mais que nos preocupar com as crianças de Teerã e o único verso que talvez ainda faça sentido seja "there's a party and they feel so fine", esquecendo o complemento: "when they're havin' fun/ I sit and eat and watch TV". Festa por festa, hoje, eu fico com a Festa no Apê.

Canção: Alagados
Compositores: Herbert Vianna/Bi Ribeiro/João Barone
Grupo: Os Paralamas do Sucesso
CD: Selvagem? (1986)